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São muito giras, as compatriotas. Hong Sang-soo não fez a coisa modesta. Embalados por Paris e pelos devaneios lúbricos do protagonista – ainda por cima um adorador de pés femininos (uma das idiossincrasias que demarcam Noite e Dia das identidades cinematográficas de Rivette e Rohmer que de algum modo parecem ter-lhe servido de inspiração) –, podemo-nos sentir tentados a ambicionar o paraíso junto de 70 jovens sul-coreanas. Mas provavelmente acabaríamos com 70 dores de cabeça ou com uma cefaleia multiplicada por 70. Não percam o filme e previnam-se para as enxaquecas.