12.30.2010

Vítima de bons tratos

É o eufemismo de que aqui se fala. Acabei de inventar e desejo pô-lo em prática, assim surjam pretextos para o fazer. Vocês também, quando estiverem interessados numa mulher e quiserem saber se é comprometida, perguntem: "A menina é vítima de bons tratos?"

Até para o ano.

Jessicaz alwayz have tattoo...

Díptico patético


Fields of gold


























DANNY - You know what we're gonna do at the wrap party? We're gonna find you your rebound girl. An intermezzo, a cleansing of the palate. We're not looking for a girl with a Ph. D. in string theory or anything, okay? There'll be at least half a dozen women there who've been on the cover of FHM. That's what's for you right now.

MATT - Really?

Danny - Trust me, trust my face.

Matt - You are...?

Danny - Twice divorced.

Matt - You have...?

Danny - No one in my life at the moment.

Matt - And you haven't for...?

Danny - Quite some time.

Matt - Okay.


Studio 60, episódio 5.

12.29.2010

Listas 2010: o convidado ANDRÉ SANTOS

Como nos tops é bom que exista uma ordem e não gosto muito que essa seja aleatória, resolvi alinhar assim os filmes conforme aquilo que presentemente sinto em relação a eles. Por obrigações profissionais tenho de dar notas aos filmes. Neste Top 10 estão filmes aos quais não dei cinco estrelas, como também não estão outros aos quais dei. Há alguns que continuaria a não dar (como Greenberg ou Eu Sou O Amor), mas por inúmeras razões o primeiro foi algo que me recordei ao longo do resto do ano (e que tive imenso prazer em rever); e o segundo é um filme sobre uma família, e eu gosto muito de filmes sobre famílias, e este foi o melhor desse “género” que vi neste ano. Há outros que ficaram de fora e que entrariam nesta lista se o dia fosse outro, como The Crazies, Ruínas, Nord (outro que gostei imenso de rever), Mother (um segundo visionamento fez-me mudar de opinião), A Single Man, Youth In Revolt e Piranha 3D (pelo divertimento, às vezes é bom apanhar com algo gratuito). Tenho de rever The Social Network com mais horas de sono e num horário que não seja o matinal, embora tenha sérias dúvidas que mude de opinião. Esta lista resume-se exclusivamente a filmes estreados cá em 2010, somente para simplificar a minha escolha. Colocaria Aurora (Cristi Puiu) sem hesitações, mas fica para a lista do próximo ano porque vai estrear cá no início de 2011.















01 – A Serious Man (Um Homem Sério), de Ethan e Joel Coen
Assumo alguma doença em relação aos Coen. Numa carreira tão dividida entre comédia estúpida e filmes “sérios” nunca fui capaz de escolher um partido. The Big Lebowski é o melhor filme de sempre, da mesma forma que No Country For Old Men e Miller’s Crossing também o são. Em A Serious Man fundem o melhor desses dois mundos pela primeira vez (Barton Fink é desequilibrado nesse aspecto e aconteceu antes de The Big Lebowski) num ping pong de argumentação delicioso com os subúrbios norte-americanos dos 60s como pano de fundo.
02 – Scott Pilgrim Vs. The World (Scott Pilgrim Contra O Mundo), de Edgar Wright
Diabólico, hilariante, contextual para uma geração e um tratado de “nerdice”. E no fundo, no fundo (mesmo no fundo), uma forma bonita de olhar para as relações. A comédia romântica que me salvou de todas as outras que tive de gramar neste ano.
03 – Bad Lieutenant: Port Of Call – New Orleans (Polícia Sem Lei), de Werner Herzog
Sou suspeito porque gosto muito de Herzog. E custou-me muito engolir o final de Rescue Dawn. Tanto que já não dava grande coisa pelo Herzog da ficção, mas este Bad Lieutenant é viril e desbocado como poucos filmes conseguem ser hoje em dia. Em 2010 também houve My Son, My Son, What Have Ye Done, do qual também gostei muito, mas só me sinto no direito de escolher um Herzog.
04 – Toy Story 3, de Lee Unkrich
Mais do que qualquer outro fillme da Pixar, Toy Story 3 fez-me regressar à infância. Aos momentos perdidos, à nostalgia pelos brinquedos que recordo recorrentemente, embora não tenha tido uma ligação de afecto/manutenção/preservação para o futuro.
05 – Go Get Me Some Rosemary (Vão-me Buscar Alecrim), de Ben e Joshua Safdie
Vejo-o como um filme de memória, não pela parte da história que reporta a experiência dos realizadores com o seu pai, mas pelo retrato de uma Nova Iorque e das suas personagens no cinema norte-americano desde Cassavetes. Num século onde o indie tornou-se na generalidade uma lamechice e me deixou com saudades de quando toda a malta dava no cavalo, Go Get Me Some Rosemary é uma obra eficaz sobre a memória, e é muito bonito que ainda exista gente assim, que construa e trabalhe as personagens, uma cidade, de um modo tão atemporal, e que se esteja a cagar para as relações, moralidade e outras tretas do género.
06 – Mistérios De Lisboa, de Raoul Ruiz
Um lamento: aquela quebra para intervalo a meio da história, que realça ainda mais de como a segunda metade do filme é ligeiramente inferior à primeira. Imersão quase-total e paixão imediata. Foi bom ver no grande ecrã actores portugueses a serem incríveis.
07 - Amintiri Din Epoca De Aur (Histórias Da Idade De Ouro), de Cristian Mungiu, Hanno Höfer, Razvan Marculescu, Costantin Popescu e Ioana Uricaru
Sem qualquer vergonha digo que só nos últimos meses dei alguma atenção a esta vaga do cinema romeno. Vi pela primeira vez algumas obras e revi outras com mais atenção e sem outro tipo de preocupações. Apaixonei-me pelo humor e alguns filmes foram óptimas companhias nos dias frios do Outono.
08 – Greenberg, de Noah Baumbach
Eu e o autor deste blog (se a memória não me falha) temos opiniões muito diferentes no que diz respeito a Margot At The Wedding. Tive muitas dificuldades em acompanhá-lo até ao fim e custou-me considerar existir uma mancha negra no currículo de Noah Baumbach. Com Greenberg fiz as pazes. Não tenho trinta anos, estou ainda mais longe dos quarenta, não vivi os anos Reagan nos Estados Unidos e senti ainda menos a geração slacker na pele. Contudo, olho para os putos que estão atrás de mim e sinto o mesmo medo que Greenberg. Ficou-me e não consigo deixar de pensar nisso.
09 – Bakjwi (Thirst – Este É O Meu Sangue), de Chan-Wook Park
Gosto muito de filmes sobre vampiros e sou daquele género de pessoas que se sente mesmo ofendida com a paneleirização desse universo. Não sou um apaixonado pela obra de Chan-Wook Park, não tive orgasmos com Old Boy, mas gosto de a seguir. Bakjwi é um filme invulgar do género, sem desrespeitar regras, que trabalha um clima familiar doente, como só os filmes asiáticos conseguem representar. Também gostei do remake de Låt Den Rätte Komma In, Let Me In (Matt Reeves). O original é uma obra-prima, o remake não desrespeita, o que é bom, mas torna tudo ligeiramente mariquinhas.
10 – Io Sono L’amore (Eu Sou O Amor), de Luca Guadagnino
Título mais bonito do ano. Encaixa-nos numa daquelas famílias que já não existem, mas que a literatura e a História (enquanto ciência, defeito de formação académica) me disseram sempre que eu deveria fazer parte.


Obrigado, André!

12.28.2010

Finally


























no, i do not regret any of my tattoos. and yes, i love the idea they stay forever. it’s nice knowing everything changes and only your ink is for the lifetime.

É sempre a mesma orquestrinha



Do novo Nelson.

Contra a modéstia nevar nevar






















Três óptimas imagens para o mesmo texto. Hasselblad dixit.

Natal a copos e no Porto

O meu Natal foi passado no Porto. Terra de Pôncios, de gente séria. O serão decorreu na companhia da família de amigos (o dois em um: a família e os amigos, que podem afinal ser uma só coisa). Das saídas à noite tenho mais que relatar. Em Lisboa, por exemplo, não existem um Labirintho ou até mesmo um Armazém do Chá. Do primeiro, que creio bem terá encantos vespertinos que a Lua não revela, é um misto de livraria, galeria de arte e bar que permanece aberto até às quatro da matina. Igualmente labriríntico, com recantos e áreas comunicantes é o Armazém. Dá para beber um copo confortavelmente sentado com boa música rétro em fundo, assistir a concertos (nessa noite havia um tributo aos Clash e de uma das guitarras ocupava-se o radialista Zé Pedro Rock and Roll), ou ficar pelo espaço das sonoridades urbanas com o DJ colocado ao mesmo nível que nós. Uma espécie de ZDB em muito aumentada e melhorada.

Jordan: The Comeback




















Um dos poucos presentes que recebi este ano (poucos mas sábios) dá acesso aos 22 episódios e muitos encontros com a querida Amanda Peet. Tudo acontece no Studio 60 on the Sunset Strip. Quem começa citando o Network e actualiza Faye Dunaway embrulhando-a numa carinha destas... obrigado Aaron Sorkin e obrigado Pai Natal.

12.22.2010

InteressanTe



Joan Wasser em modo Honoré filmada por Ben Reed.

Cintura de ferro




















A reforçar a oferta musical de peso de uma zona de Lisboa onde existia já a Carbono, anuncia-se para breve, muito breve, a reabertura da (nova) Xaranga, loja quase inteiramente dedicada ao metal. Passei ontem à porta e sou testemunha do trabalho danado que o Carlos Faria está a ter nas últimas semanas para permitir uma segunda (ou será terceira, quarta, por aí) existência ao outro amor da sua vida (o gajo é do Benfica, caraças...). Mantenham-se atentos e se gostam desta música não deixem de visitar e comprar na Xaranga.

12.21.2010

Luxúria ao ralenti

12.20.2010

Michael Eugene Archer



[Spoiler] será sempre mais fácil a um homem baixo e ainda por cima de pele escura alcançar um caparro desta exuberância. D'Angelo mede 1.68m e não me puxem para falar do estado actual do cabedal do bicho que desato a chorar.

Recordemo-lo assim, e na muito vã esperança do terceiro disco.

O ano do Tigre (últimos dias)



















Pela lente espantosa de Ira Chernova.

Define "o erotismo do dia-a-dia"















Syntheticpubes, o meu blogue em 2010.

Totally beefhearters

...

Juntos de novo



















A música está cada vez melhor servida, e cada vez menos deste lado.

...

12.17.2010

Artwork and hard work

Where the wild things are

Os limites da ambiguidade
















A impressão que um filme como Stone deixa pode depender do modo como lidamos com a ambiguidade. O realizador John Curran (We Don't Live Here Anymore, The Painted Veil) larga intencionalmente um conjunto de pontas soltas, de sentidos que ficam por completar, contrariando as expectativas geradas por uma história que acaba implodindo, deixando-nos com os seus estilhaços. As tais pontas soltas.
Robert De Niro interpreta um oficial de justiça que tem a responsabilidade de avaliar os candidatos ao regime de liberdade condicional. Stone (Edward Norton) é a alcunha do prisioneiro que Jack entrevista nos últimos dias em funções. A manipulação que Stone exercerá sobre ele, recorrendo à sua muito bela e promíscua mulher (Lucetta/ Milla Jovovich), vai expor a fachada de um homem que usou a fé para reprimir os impulsos mais primários: o sexo e o homicídio. Stone usa por título o nome do presidiário mas o filme é sobre Jack e a intriga liga-se ao prólogo onde uma situação familiar extrema anuncia a queda que está por vir. Também importante nesta obra de John Curran é a presença da religião que se sente por todo o lado, e mais se nota numa América profunda filmada naquilo que tem de mais árido e agorafóbico.
Curran coloca-se formalmente do lado de outros realizadores da actualidade como Andrew Dominik (The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford), Todd Field (In the Bedroom) ou Marc Forster (Monster's Ball), investindo por uma espécie de realismo atmosférico cuja relevância corre sempre riscos de se perder por entre sinais soprados pelo vento (metáforas, metáforas, metáforas). São objectos marcados por uma complexidade moral que quando não resulta gera pose. E se no caso de Todd Field deu origem a uma das primeiras obras mais importantes do cinema americano da última década, já com relação aos três outros exemplos (este filme de John Curran incluído) tenho as minhas sérias dúvidas. Inquietações de um espectador há vários anos a ver esfumar-se a crença no cinema dos seus contemporâneos.

12.16.2010

12.15.2010

Um súbito arrepio na espinha

O mundo vai acabar mas temos tempo para uma chávena de chá
















Não me parece arriscado dizer-se que Mike Leigh não voltará a atingir o patamar cinematográfico de Naked, o seu filme de 1993 que longas carreiras de tantos realizadores não têm para mostrar. Quando misturamos humor com desespero obtemos sarcasmo, algo em que os ingleses se superam de tempos a tempos (lembrar os casos Dennis Potter e Ricky Gervais). No princípio de Naked observamos Johnny, o protagonista, em fuga de Manchester para Londres num carro roubado. Escapa-se a uma mais que certa tareia que descerá sobre ele num beco anónimo da cidade de destino e às mãos (e pés) de um grupo de jovens que lhe batem com o mesmo propósito de desfastio que ele usava quando fodia mulheres casadas e aborrecidas. Johnny (numa interpretação para a eternidade de David Thewlis) é um niilista que necessita de estar em constante movimento. Se não é o corpo que se move, agita-se o pensamento em seu lugar. E sempre com um objectivo de confrontação, como alguém que denuncia o absurdo da existência própria e alheia ao mesmo tempo que as sossega. Viver é estúpido, inútil, sem sentido mas não teremos de andar nisto muito mais tempo: o mundo chegaria ao fim em (sic) 1999.
Existe um segundo niilista neste filme de Mike Leigh. Chama-se Jeremy e vive de rendimentos e para o hedonismo. Camuflado num corpo cuidado em spas e roupas de fino corte, Jeremy também transforma a sua frustração em violência, repertório de agressões físicas mais expressivo que o de Johnny. Naked filma um mundo de gente perdida. De mulheres resignadas e homens violentos (o inverso tembém existe embora seja menos representativo). Um mundo que apesar de todos os sinais negativos teima em não acabar. O purgatório começa aqui.

[A edição DVD da Midas, sem extras, tem uma qualidade de imagem perfeita.]

12.14.2010

Fuck facebook (in the face)

























Os INTRONAUT mandam. Grande disco de metal progressivo com apontamentos de pós-rock (o autocolante da capa que aqui não se vê não mente; é mesmo na linha Mastodon e Baroness) com virtuosismo rítmico (em linguagem técnica diz-se "drive") que nos põe a tocar Air Drums de início ao fim. Em poucos dias a minha lista de discos de 2010 encontra-se desactualizada.

Odisseia no espaço


























O trabalho de Aura Mckay para o Tattoo Project. Uma loura, uma morena (o Lynch vem à ideia), um candeeiro daqueles que existem na casa de qualquer um de nós. E o resto a que chamo talento de buscar a forma simples, também ao serviço do nosso belo prazer.

A Melanie sabe do ofício (e é gira que se farta)




















«What tips would you give to the home photographer, tattoo enthusiast or tattoo artist who wants to take a great photograph of a tattoo?

Hire a professional! Taking tattoo shots with a point-and-shoot camera with flash will always look unprofessional. If you don’t have professional equipment or knowledge, try taking the shots outside on a bright but overcast day or in slight shade, without flash.»

12.13.2010

Assinar por cima



Assinar por baixo. 40 vezes.

Porque é Natal
















Go Go Tales (2007) pode sem dúvida parecer uma colagem mais óbvia mas após ter revisto 'R Xmas (2001) acho que Abel Ferrara nunca esteve tão dentro do cinema de John Cassavetes como neste filme. A identificação é mais forte pelo lado mais difícil de explicar. Qualquer coisa de espiritual se quiserem. Chegamos a essa espiritualidade pela matéria do cinema; um fluxo de imagens que tende para a abstração e que vai contaminar a própria narrativa. No entanto, talvez o mais significativo do filme acabe sendo o modo como Ferrara dirige Drea de Matteo, a grande força motriz de 'R Xmas que tem muito das personagens que Gena Rowlands viveu nos filmes do marido John Cassavetes. Drea tem a mesma energia quando se desloca e o seu farto cabelo oxigenado é como que uma tocha que nos guia pela noite na cidade. Ela irradia força até nos momentos de aparente fragilidade. Tal como nas personagens de Gena Rowlands essa força reside na sua personalidade. 'R Xmas dá-nos a ver e a acompanhar uma "Gloria sob influência". Drea de Matteo serviu a elegia de Ferrara pela metrópole que o Mayor Giuliani trataria de tornar (para muita gente) irreconhecível.

Perfeição musical e interpretativa absolutas

Cantar a solidão como algo de religioso

12.10.2010

A yogi & a dancer





















Uma iogi e uma dançarina. Uma trágica e uma romântica. Podia apaixonar-me por uma mulher assim (desde que fosse também asseadinha).

Os 10 melhores discos editados em 2010














1. Kylesa, Spiral Shadow
















2. High on Fire, Snakes for the Divine















3. The Black Keys, Brothers















4. Valkyrie, Man of Two Visions (reed.)















5. Grinderman, Grinderman 2















6. Endless Boogie, Full House Head















7. Black Tusk, Taste the Sin














8. The Black Angels, Phosphene Dream















9. Isobel Campbell & Mark Lanegan, Hawk















10. The Dead Weather, Sea of Cowards


UMA LISTA DE PESO.

12.09.2010

Teatro





















Tributo ao melhor filme que vi esta semana, The Mother (2003) do britânico Roger Michell, e ao seu (digo eu) modelo espiritual e até mesmo carnal, A Streetcar Named Desire (1951). Kazan filmou Tennessee Williams, ao passo que Michell transpõe um guião de Hanif Kureishi cuja excelência das interpretações ilumina enquanto grande texto "de" teatro (pode ser que venha um dia a fazer o trajecto inverso). The Mother tem muito mais que o revestimento polémico da história de duas mulheres – mãe e filha – que disputam o mesmo homem. É sobre sentirmo-nos jovens quando não o somos mais. Uma derradeira ilusão antes do fim. A mesma ilusão de sempre e aquela que magoa sempre mais da última vez.

Liberdade, igualdade, fraternidade

«O trocinho deve ter atingido aquele estado peniano enquanto lambia o meu buzanfã de la patrie, ao som da raga que o Ingo extraía da cítara – a raga do cu lambido.»

Reinaldo Moraes, Pornopopéia (Objectiva)

12.07.2010

##da-se


























Eu escutei a noite passada David Thomas dos Pere Ubu à frente dos Sex Pistols, se produzidos neste século. A Pitchfork escreveu no ano de edição, 2008: «That said, The Chemistry of Common Life is a guitarist's album: 10,000 Marbles (Mike Haliechuk) and producer Jon Drew balance classic rock force with shimmering overdubs, at times recalling the Smashing Pumpkins, while at others echoing the layered, chiming guitars and famed loud/quiet dynamics of Bossanova-era Pixies.» Seja como seja, um óptimo disco cheio de fúria.

12.06.2010

Giram discos



Em escuta.

Os 10 melhores filmes estreados em 2010

A Radar já fez saber quais os seus discos do ano. Eu começo pelos filmes.












1. Presente de Morte (The Box), Richard Kelly











2. Greenberg, Noah Baumbach












3. Não Minha Filha, Tu Não Vais Dançar, Christophe Honoré










4. Noite e Dia, Hong Sang-soo












5. Tudo Pode Dar Certo, Woody Allen










6. Alice no País das Maravilhas, Tim Burton












7. Polícia Sem Lei, Werner Herzog










8. O Escritor Fantasma, Roman Polanski












9. A Religiosa Portuguesa, Eugène Green










10. O Mensageiro, Oren Moverman


O ano foi fraco no que se refere a encontros marcantes na sala escura. Quantos destes filmes manter-se-ão relevantes daqui por uns anos? Arrisco que talvez apenas os dois primeiros. Convém lembrar que Um Profeta, de Jacques Audiard, estreou a 31 de Dezembro de 2009. Na altura suscitou-me pontuais reservas; hoje tenho grande vontade de o rever (e já anteriormente defendi que isto para mim é mais significativo do que qualquer outro instinto; o desejo de rever determinado filme, seja na sala seja em casa). A passagem pelo espaço dedicado ao cinema no portal SAPO não deixa antever a necessidade de mudar a lista (desta vez não haverá surpresas guardadas para o último dia de 2010, a não ser que os distribuidores alterem as datas previstas). Eu gosto de listas.

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