8.30.2011

Continua complicado



8.25.2011

Valores comuns




8.21.2011

The Hilliker Curse

I understood the distinctions between the two professions and treated both sets of women the same. I looked for a cultural component in the hookers and a brusque wantonness in the string players. I got action from the former and zilch from the latter. My extreme acuity was delusional and acutely self-serving. I read faces for signs of the worthiness of love and demanded reciprocated love instantly. It was all crude male barter -- money and mock-impromptu favors. I came in with prepared text and crumbled at the first sign of improvisation. Prostitutes did not want to hear my rationale for buying their body. Violinists did not want my loser ass -- they wanted a straight Sviatoslav Richter. Both groups saw me as a zealot with a smoke-screened agenda.
The prostitutes put faith in the banality of sex and trusted fuck me-pay me men on the basis. I could not accept the implied dictum. The musicians viewed sex as an integrated aspect of their lives in search of refinement. That idea was just as restrictive. The proper answer is sex is everything -- so show me the faces and I'll write the story.
My agenda was women as muse. I ran the entire gender through an obstacle course. The few and the proud cleared the last hurdle. Selected prostitutes survived a run of drive-by sightings and were deemed fit to be with me once and reside in me forever. The musicians survived chastely. I never lugged their instruments. I got a few smiles that sent me through to next week. (p. 52)


Boutade:
James Ellroy, o Nelson Rodrigues norte-americano.

8.20.2011

Coragem no amor



Coragem no amor? Mas para quê? A canção dá a resposta. Marcelo sempre foi mais sonhador, ao passo que Amarante se ocupa do lado abrasivo do amor. Coragem no amor para integrar os clichés. O amor é isso. Apenas isso. Tão depressa o percebamos e o aceitemos, logo o amor será um lugar pacífico e doméstico. A normalidade é o último reduto a conquistar: implica partilha e despojamento. Implica mais do que qualquer coisa aceitar que o que nos diferencia dos outros é um milésimo daquilo que nos aproxima. Como normais. O último romance é somente o (re)começo.

Até já.

8.12.2011

Variante canções de prisão por dois heróis musicais meus um pouco de história e um encontro

After his father's death, Merle became rebellious. In an attempt to straighten her son out, his mother put him in several juvenile detention centers, but it had little effect on Merle's behavior. (...) Throughout 1957, Haggard was plagued by financial problems, which made him turn to robbery. At the end of the year, he attempted to rob a restaurant along with two other burglars; the three were drunk at the time. Believing it was three o'clock in the morning, the trio tried to open up the back door of the restaurant. However, it was 10:30 and the establishment was still open. Although the trio fled the scene, Haggard was arrested that day. The following day, he escaped from prison in order to make peace with his wife and family; later that day, he was recaptured. Haggard was sentenced to a 15-year term and sent to San Quentin prison. (Stephen Thomas Erlewine)

MUITAS DÉCADAS DEPOIS AINDA A PEDIR DESCULPAS À MÃE:



MERLE HAGGARD ESTAVA PRESO EM SAN QUENTIN NUMA DAS OCASIÕES EM QUE CASH LÁ ACTUOU:



AQUI RECORDAM ESSA EXPERIÊNCIA MARCANTE PARA AMBOS POR DIFERENTES RAZÕES:




MERLE HAGGARD SOBREVIVEU A JOHNNY CASH E AINDA ANDA POR AÍ.

8.11.2011

Perna de pau


























Sugar fotografada este ano por Brandon Witzel.

Hedi Slimane


















































O diário fotográfico de Hedi Slimane percorre-se como se se tratasse de um filme de Monte Hellman ou Gus Van Sant. O físico e o metafísico das imagens, desorganizadas por mim da sua ordem cronológica.

Boas flutuações



8.10.2011

Estou apaixonado mas não estou mudado

A descoberta por via de um amigo do precioso Map of Metal dá prova: apesar das flutuações na música que mais naturalmente procuramos para induzir estados propícios ao devaneio romântico e à sua concretização no "objecto" amado, uma vez reinjectados com a energia do metal, se ela existia em nós de verdade, o corpo não rejeita. Bem pelo contrário. Confiram exemplos do nivel de informação seguido da qualidade do material injectável e percorram com tempo o resto do mapa.


STONER METAL is a sub-genre of heavy metal that combines elements of psychedelic rock, blues-rock, tradicional heavy metal and doom metal. Stoner metal is typically slow-to-mid tempo and features low-tuned guitars, a bass-heavy sound, melodic vocals, and 'retro' production. Stoner metal bands updated the long, mind-bending jams and ultra-heavy riffs of bands like Black Sabbath, Blue Cheer, Blue Oyster Cult, and Hawkwind by filtering their psychedelic-tinged metal and acid rock through the buzzing sound of early Sub-Pop style grunge. The genre emerged during the early 1990s and was pioneered foremost by the Californian bands Kyuss and Sleep.
A number of bands have combined stoner metal with typical sludge metal traits suchs as Bongzilla and High on Fire. Often their material is related to marijuana and promotes its legalization. (Source)


8.09.2011

Cinema mudo


























Só falta falar.

Fazer como o americano


























American heart (1992).



























American sweetheart (desde 1974).

8.05.2011

Não é insónia o sonhar acordado



Out of time


























Uma Julia Roberts ucraniana trazida pelo colectivo RetroAtelier.
Dá que pasmar.

Uninhibited



















© Daniel Lippitt

8.04.2011

...





First crawl then make it

Looks for the deaf


























Josh Homme fotografado em 2006 por Mike Spears.

(vale a pena espreitar o portefólio do autor)

June aqui há uns anos cantando sobre "love gone wrong"

Minha Dame June Tabor


























Esteve algumas semanas incompleta a minha discografia de June Tabor. Faltava o último disco, Ashore. Não falta mais. Desde Angel Tiger (1992) que a lista de músicos que colaboram nas gravações de June Tabor se mantém tendencialmente inalterada. Isto condicionou a homogeneidade dos registos daí para a frente cuja equivalência nos resultados contribui para a dificuldade de dispensar algum. Ashore recupera a transparência dos critérios que determinam a construção de um disco de June Tabor. O acordeão (Andy Cutting) predomina nos tradicionais antigos; as canções deste tempo são servidas pela voz e piano (Huw Warren) enquanto elementos que se destacam. As interpretações de June Tabor são decisivas para gerar a boa confusão. Cada música vai projectar-se na obra por inteiro, como se ela tivesse sido sempre assim. Ou quase. Se por exemplo pensarmos na gravação com a Oysterband, Freedom and Rain (1990), que não destaco por mero acaso mas porque no próximo mês de Setembro surgirá o segundo registo que resulta desta colaboração, intitulado Ragged Kingdom, June Tabor alimentada pelo fulgor folk rock chega a ofuscar o fogo pálido das interpretações de Nico com os Velvet Underground e a solo. June Tabor poderia ter sido uma diva do rock alternativo não tivesse optado por perseguir as raízes do cancioneiro britânico dos amores que se perderam no tempo. E foi precisamente nisso que ela se tornou: numa espécie de boa feiticeira ou boa senhora de todos os tempos (intemporal) que através do seu trabalho na música criou uma intimidade forte com quem a escuta e à sua voz serena e compassiva. Um álbum como Ashore que tem o mar sempre em fundo parece confirmar a nossa condição de eternos náufragos do amor. Por cada um que se "salva" são incontáveis os que continuam à deriva.

8.03.2011

Grandes encontros com a nudez


















A+B=X, coreografia de Gilles Jobin que vem sendo apresentada desde 1997.

Foto: Isabelle Meister


Aqui um excerto:

Il fait si chaud



Il fait si beau



Since I've been loving you il fait si beau.

8.02.2011

Since I've been loving you



Madison Square Garden, 1973.

ReviZionismo


























Não há disco de estúdio dos Led Zeppelin ou outro que permita antecipar isto. O meu entusiasmo pelos concertos do Madison Square Garden de 1973 – que observo e escuto em CD e DVD – era também enorme, mas quando se põe os ouvidos nas gravações de How the West Was Won, de um ano antes na América e na Costa oposta, as considerações paroxísticas mostram-se curtas. Como podemos caracterizar a banda que se supera enquanto melhor banda de todos os tempos? Se nada pode ser acrescentado ao limite máximo o único caminho lógico é desvalorizar um pouco os elementos de comparação. Ainda assim How the West Was Won rebenta a escala. Ouçam e comprovem se exagero. A conquista começa aqui de facto e com uma intensidade em rigor não mais repetida.

Sex shop







Redecorada por mim com música de Mick Harvey (d'après Gainsbourg) e uma imagem de Verose.

8.01.2011

Gainsbourg entrega-nos a todos mas por se tratar de um génio a gente perdoa-lhe



Dis petite salope raconte moi,
Comment c'était entre ses bras,
Etait ce mieux qu'avec moi,
Ouais petite vicieuse dis moi tout,
Combien de fois, combien de coup,
Quand même pas jusqu'au bout,
Non petite salope tu me mens,
Il ne t'en a pas fait autant,
Que tu ne le pretends,
Mais petite conne ca ne fait rien,
Invente moi encore ses mains,
Sur ton ventre et tes seins.
Quand même tu n'as pas fait ça,
C'est pas vrai, dis moi que c'est pas vrai.
Dis petite salope redis moi,
Comment c'était entre ses bras,
Etait ce mieux qu'avec moi,
Ouais petite garce si tu m'as dit,
Vrai je ne te pardonnerais,
Je te jure, jamais.
Menteuse, menteuse.

Sex Shop

A cicatriz interior encontra cães danados

Random rules

Começos especiais





Company é esse musical extraordinário e para sempre actualíssimo que Stephen Sondheim deu por concluído em 1970. Aqui na versão de 2006 dirigida por John Doyle onde a cada instrumento corresponde um actor e a cada actor uma personagem.
O primeiro disco dos Prefab Sprout chama-se Swoon e é de 1984. A sexta música – que provavelmente abriria o lado B na edição em vinil – chama-se Couldn't Bare to be Special e a audição dos seus instantes iniciais remete-nos para a abertura do musical de Sondheim (a temática da canção dos Sprout também encaixa nos dilemas de Company). É posssível que Paddy McAloon não conhecesse a partitura de Stephen Sondheim por alturas da gravação de Swoon? É. Mas é hipótese pouco provável.

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